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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Organização das Nações Unidas

Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas (NU), é uma organização internacional cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objetivo de deter guerras entre países e para fornecer uma plataforma para o
diálogo. Ela contém várias
organizações subsidiárias para realizar
suas missões.[2][3] Existem atualmente 193 estados- membros, incluindo quase todos os estados soberanos do mundo. De seus escritórios em todo o mundo, a ONU e
suas agências especializadas decidem
sobre questões dessubstantivas e
administrativas em reuniões regulares
ao longo do ano. A organização está
dividida em instâncias administrativas, principalmente: a Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); o Conselho de Segurança (para decidir determinadas resoluções de paz e
segurança); o Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social
internacional e desenvolvimento); o Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades
necessárias para a ONU), o Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal). Além de órgãos
complementares de todas as outras
agências do Sistema das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A figura mais publicamente
visível da ONU é o Secretário-Geral,
cargo ocupado desde 2007 por Ban Ki-moon, da Coreia do Sul. A organização é financiada por
contribuições voluntárias dos seus
Estados membros, e tem seis idiomas oficiais: Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Russo e Espanhol.[4] História Harry Truman na conferência de fundação da ONU em São Francisco, 1945. Seguindo na esteira da fracassada Liga das Nações (1919-1946) (da qual os Estados Unidos nunca se tornaram membro) a Organização das Nações
Unidas foi criada em 1945 para manter a paz internacional e promover a cooperação internacional na solução
dos problemas econômicos, sociais e
humanitários. Os primeiros planos
concretos para uma nova organização mundial foram iniciados sob a égide do Departamento de Estado dos Estados Unidos em 1939. O termo "Nações Unidas" foi usado pela primeira vez em 1 de janeiro de 1942 por Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt em Washington, quando 26 governos assinaram a Carta do Atlântico, comprometendo-se a continuar o
esforço de guerra.[5] Em 25 de abril de 1945, a Conferência das Nações Unidas sobre Organização
Internacional começou em São Francisco, Estados Unidos, reunindo 51 governos e um número de organizações não governamentais envolvidas na elaboração da Carta das Nações Unidas. A ONU entrou oficialmente em existência em 24 de outubro de 1945 após a ratificação da Carta pelos cinco
membros permanentes do Conselho de Segurança (França, República da China, União Soviética, Reino Unido e os Estados Unidos) e pela maioria dos outros 46 países signatários. As
primeiras reuniões da Assembleia Geral, com 51 nações representadas, e do Conselho de Segurança, tiveram
lugar em Westminster Central Hall, em Londres em janeiro de 1946.[6] Desde a sua criação, tem havido
controvérsia e críticas sobre a atuação
da Organização das Nações Unidas.
Nos Estados Unidos, um grande opositor da ONU foi a John Birch Society, que começou a campanha "get US out of the UN", em 1959, alegando que o objetivo da ONU foi o
de estabelecer um "Governo Mundial
Único". Após a Segunda Guerra Mundial, o Comitê Francês de Libertação Nacional não foi reconhecido pelos Estados Unidos
como o governo da França, e assim o país foi inicialmente excluído das
conferências que visavam à criação da
nova organização. Charles de Gaulle criticou a ONU e não estava
convencido de que uma aliança global
de segurança ajudaria a manter a paz
no mundo, preferindo a defesa direta
dos tratados entre os países.[7] Organização Ver artigo principal: Estrutura da Organização das Nações Unidas A estrutura das Nações Unidas baseia- se em cinco principais órgãos (eram
seis - o Conselho de Administração Fiduciária suspendeu suas operações em 1994);[8] a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social (ECOSOC), o Secretariado e o Tribunal Internacional de Justiça. Quatro dos cinco órgãos principais
estão localizados na sede principal das Nações Unidas em território internacional em Nova Iorque, nos Estados Unidos. O Tribunal Internacional de Justiça está localizado
em Haia, nos Países Baixos, enquanto outras grandes agências estão
baseadas nos escritórios da ONU em Genebra, Viena e Nairobi. Outras instituições das Nações Unidas estão
localizadas em todo o mundo. A ONU utiliza seis línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.[4] Quase todas as reuniões oficiais são traduzidas simultaneamente para estas línguas.
Quase todos os documentos oficiais,
em suporte de papel e "on-line", são traduzidos para estes seis idiomas. Em
algumas dependências, as
conferências e os documentos de
trabalho são só em francês e inglês, e
as publicações realizam-se nestes dois
idiomas. Assembleia Geral Ver artigo principal: Assembleia Geral das Nações Unidas Assembleia Geral das Nações Unidas na sede em Nova Iorque. A Assembleia Geral é a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas. Composta por todos os Estados membros das Nações Unidas, a Assembleia se reúne em uma sessão
ordinária anual no âmbito de um
presidente eleito entre os Estados-
Membros. Ao longo de um período de
duas semanas, no início de cada
sessão, todos os membros têm a oportunidade de dirigir a montagem.
Tradicionalmente, o secretário-geral faz a primeira declaração, seguido
pelo presidente da assembleia. A
primeira sessão foi convocada em 10 de Janeiro de 1946 no Westminster Central Hall, em Londres, e contou com representantes de 51 nações. Para a aprovação da Assembleia Geral
sobre questões importantes, é
necessária a maioria de dois terços
dos presentes e votantes. Exemplos
de questões importantes incluem:
recomendações sobre a paz e segurança, eleição de membros de
órgãos, admissão, suspensão e
expulsão de membros e questões
orçamentais. Todas as outras questões
são decididas por maioria de votos.
Cada país membro tem um voto. Além da aprovação da matéria orçamental,
as resoluções não são vinculativas
para os membros. A Assembleia pode
fazer recomendações sobre quaisquer
matérias no âmbito da ONU,
excetuando as questões de paz e segurança que estão sob
consideração do Conselho de Segurança.

sábado, 28 de abril de 2012

Sentei-me à beira-mar

Sentei-me à beira-mar

O sol batia-me no rosto. O vento fazia-me arrepiar… Olhei em teus olhos Vi-me reflectida em ti. Suavemente tocaste na minha mão Estremeci… Corei... Sorri… Ninguém controlava aquela situação Ninguém sabia onde ia parar… Um leve suspiro… Uma momentânea troca de um olhar… E tanto que eu te queria dizer… Dei por mim na tua boca Um toque… um beijo… Nada mais ficaria por dizer Sentias o meu desejo Era mais do que podias saber… Queria-te mais que tudo… E ali ficamos… olhamos o horizonte Abraçados… longe do mundo Entre beijos e olhares e carinhos E palavras sinceras que saíam… É assim que me fazes sentir É assim que quero estar Junto a ti… sentir-te… beijar-te… Estarei a sonhar? Sim, estou… Mas estamos quase a acordar E um no outro vamo-nos saciar…

(01)Cinzas

Cinzas O brilho, orla metálica deslizando sobre as falanges desertas simples arremesso entre o sentido e a palpitação fluindo sob o adarve da aorta e a masmorra do ventrículo como se a noite depusesse a pétala, no cinzeiro lírico do amor e aguardasse uma só face estendida na promessa, oxigenando o rosto do beijo, sobre o jorro das cinzas agasalhadas numa só face… a tua face, desenleando ternos olhares nas mãos que te ampararão.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Primeira Parte Da Filosofia Da Historia politica na Antiguidade(Platao e Aristoteles)

PLATÃO ARISTÓTELES Perfil Vocação matemática Vocação naturalista, observação do concreto Objetivos Movido por motivos políticos, éticos, estéticos e místicos Recolhido unicamente na elaboração de seu sistema filosófico, indene a motivos práticos e sentimentais. Obras Todas chegaram até nós Muitos escritos se perderam Escola Academia: num jardim junto do santuário do herói Academo Liceu perto do templo de Apolo Lício Projeção doutrinária Platonismo: fecundo dentro e fora do pensamento grego Aristotelismo: idem, mas com mais extensão e vigor Influências Sem Sócrates não teria havido o Platão que conhecemos Sem Platão não teria havido o Aristóteles que conhecemos Caminhos traçados Mais brilhantes, sugestivos e aparentemente mais prometedores Mais humildes, menos espetaculares, mas mais eficazes e fecundos,porque estão baseados na realidade mesma das coisas DOUTRINA Gnosiologia Intenta resolver o problema da vida Intenta resolver o problema do ser Idéias universais Realidade objetiva: Mundo das Idéias Não existem modelos reais das coisas sensíveis O universal Não se contrapõe ao particular, mas é lhe é anterior Não se contrapõe ao particular, mas lhe é posterior As idéias não entram na composição dos seres do mundo sensível, senão de uma maneira puramente extrínseca, enquanto servem de modelos para a formação do Universo. Pela abstração a inteligência atinge a essência das coisas. Não há o Mundo das Idéias. Realidade Antecipa-se ao método de Descartes
e Spinoza e incorre no mesmo defeito de querer partir de uma intuição fundamental
para deduzir depois a realidade Realismo moderado, ratificado por Tomás de Aquino: não há intuição, mas abstração das idéias, nas quais e pelas quais se conhece a coisa em si. Doutrina Platão Aristóteles O Ser Mundo transcendente, hiperurânio, onde estão as idéias nas quais se concentra toda a realidade. Aí residem as substâncias imutáveis que são o objeto da ciência. Nega a realidade ontológica do mundo platônico das Idéias. Existem somente as substâncias individuais particulares e concretas. Recebe o seu sentido primitivo de cima,
da Idéia Recebe o seu sentido primitivo de baixo,
do concreto Sentidos Desconfia dos sentidos Os conceitos são tirados da experiência mediante a evidência Recusa a passagem da sensação ao conceito “Nada está na mente que não tenha passado pelos sentidos”. Natureza Não faz a apologia do estudo da natureza Faz a apologia do estudo da natureza: “Em cada parcela da natureza há sempre alguma maravilha”. Ciência A construção do platonismo é de cima para baixo A construção do aristotelismo é de baixo para cima Desvia-se do método traçado por Sócrates.
Representante do matematicismo exagerado seguido por Descartes, Malebranche, Spinoza e Leibniz, quer lograr em todos os ramos da ciência o mesmo grau de necessidade e de certeza que nas matemáticas. Seu idealismo frustra radicalmente seu desejo de chegar à verdadeira realidade Retorna ao método socrático no seu verdadeiro sentido ascendente, partindo da realidade dos indivíduos substanciais, concretos, múltiplos, móveis e contingentes do mundo físico, para construir sobre eles as ciências na ordem lógica e também para chegar eficazmente à única realidade transcendente na ordem ontológica que é Deus Lógica Dedutiva, demonstrativa Ensina o mesmo Conhecimento Os conceitos são a priori. Os conceitos são abstraídos das coisas. Inatismo Vem da experiência Depende das idéias inatas Depende da percepção sensível Scire est reminisci Nihil est in mente quod prius non fuerit in sensu Matéria Puro não-ser, princípio de decadência Condição indispensável para concretizar a forma. Tudo anela pela idéia A matéria anela pela forma Doutrina Platão Aristóteles Forma Separada da matéria Imanente e operante na matéria Sensação Distinta do pensamento / Inatismo Distinta do pensamento, sem idéias inatas Olhos: suprema afinidade com o espírito O ouvido é o órgão espiritual por excelência Razão Aniquila e destrói as paixões Governa e domina as paixões Psicologia Carece de todo valor científico.
Baseada no mito da preexistência das almas. A alma está presa ao corpo com uma união acidental, violenta e antinatural. O corpo é o túmulo da alma, decaída de uma vida anterior feliz. Investiga sobre a alma fixando-se em seus atos, dos quais deduz sua natureza e suas propriedades.
Não considera a alma como coisa estranha ao corpo, senão que é seu princípio vital, unida a ele naturalmente como forma à sua matéria, de maneira substancial, constituindo um composto único e natural, que é a pessoa humana. Ética Não salva o Direito Privado, a Propriedade Particular e a Família Salva tudo isto Tem em vista homens superiores e não homens comuns Idem Baseada em sentimentalismos lamentáveis Sistematização aristotélica da ética muito acima dos sentimentalismos platônicos e marca um avanço muito mais positivo para a verdadeira solução. Insiste que se torna impossível saber sem querer, ou seja, é impossível a quem deixou de captar pela lógica da racionalidade agir contra a dinâmica que conduz ao Bem Supremo. Quem age imoralmente é porque não sabe, não entrou nos caminhos da razão. É possível termos certezas teóricas e errarmos no campo da práxis.
Existe neste setor complexidade muito
maior. Cada pessoa tem o direito de ser o árbitro de seus valores, de sua vida ética. Não reconhece a cada um o direito de constituir seus valores. . Doutrina Platão Aristóteles Antropomorfismo Excluído Idem Politeísmo Não excluído de todo Idem Monismo e pluralismo Entre os extremos do monismo absoluto e do pluralismo radical mais perto do monismo Mais perto do Pluralismo Escravidão Admite Idem Teologia Ciência de Deus Idem Deus é espírito, acentuando o espírito objetivo, sendo a Idéia do Bem e do Belo a origem de tudo. Deus é espírito, acentuando o espírito vivo, sendo que o Primeiro Motor imóvel move tudo sem se imiscuir no processo cósmico Sobre a natureza de Deus afeta um certo temor em aventurar uma atribuição indireta à natureza do seu supremo princípio Declara-se firme e sem rebuços pelo real ser de Deus, como espírito pensante e vivendo uma vida feliz. Heraclatismo Superado com sua doutrina da unidade e da multiplicidade Superado com sua doutrina do ato e da potência Alma Um ser que se move por si mesmo Idem Dotada de partes reais Dotada de unidade Admite sua imortalidade Imortalidade parcial Mundo Começo temporal Eternidade da matéria e da forma, particularmente nos astros eternos, bem como ensina a eternidade do movimento Educação militar Elimina tudo que é puramente técnico Maior modernidade Preocupa-se sobretudo com a estrutura espiritual da pessoa Acentua a importância da maquinaria e da habilidade no manejo das armas Humanidade Não tinha idéia universal de humanidade Idem Gregos, parentes e amigos; bárbaros, inimigos Idem Estado Tem por finalidade prover o bem coletivo Seu papel essencial é a educação dos cidadãos Comunismo dos bens, das mulheres e dos filhos Comunismo, como resolução total dos indivíduos e dos valores no Estado é fantástico e irrealizável Filósofos governam a República Monarquia, aristocracia ou democracia Doutrina Platão Aristóteles Religião Oferece uma garantia aos valores morais do homem, os quais regulam a ordem da vida social. Necessária para a moralização do povo Arte Sua doutrina estética oscila entre a valorização e a desvalorização da arte e da beleza É a imitação direta da forma imanente à matéria Resulta da cópia de uma cópia do mundo empírico que é já uma cópia do mundo ideal. Cópia não de essências, mas de fenômenos. Tem como conteúdo o universal, inteligível do qual depende sua eficácia espiritual, isto é, pedagógica e purificadora

Filosofia da Historia Politica na Antiguidade(platao e Aristoteles)



Aristóteles não é ateniense de nascimento, mas é originário de Estagira, na Trácia, onde nasceu em 384. O pai era médico particular do rei macedônio Amintas, e o próprio Aristóteles vinculou o destino externo da sua vida aos desígnios macedônicos, com os quais também cairá. Aos 18 anos vem à Academia, onde permanece durante vinte anos, até a morte de Platão. No decurso da vida do mestre, altamente o honrou. Na Eegia que lhe dedicou, refere-se á amizade que os ligou a ambos, dizendo ser Platão um homem tão excelso que digno de o louvar não será qualquer um, mas somente quem se digno de tal. O fato de Aristóteles ter, pelo seu modo próprio de pensar, se afastado dele mais tarde, nenhum detrimento trouxe a essa veneração e amizade. "Se ambos são meus amigos” (Platão e a verdade), diz êle na Ética; a Nicômaco (1096a l6), "pio dever é estimar ainda mais altamente s verdade". Tem-se, contudo, a impressão de nem sempre ser sina ira et studio a crítica contra Platão. De propósito, freqüentemente a suscita, nem sempre com necessidade, e, às vezes, sendo até mesquinho. Depois da morte de Platão, Aristóteles retira- se para. Assos no país da Tróade, junto do príncipe. Hermias de Arames, fundando aí, junto com outros membros da Academia, uma espécie de sucursal da escola platônica. Apenas por três anos permaneceu Aristóteles em Assos. Passando por Mitilene, onde se encontra com o seu futuro sucessor Teofrasto, vai, em 342,
para a corte de Filipe da Macedônia, onde assume a educação de Alexandre, então com 18 anos de idade. Quando este toma as rédeas do governo, volta para Atenas, onde funda, em 335, no local consagrado a Apoio Lício, a sua escola chamada, por isso, Liceu. É, à semelhança da Academia, um thiasos, uma comunidade para prestar culto em honra das Musas. Os membros desta escola foram chamados, mais tarde, peripatéticos, quando também se disse que esta denominação procedeu de um pretenso costume de Aristóteles dar as suas lições andando de um lado para outro. Mais verossímil é que, como as antigas denominações de escolas — Academia, Liceu, Estoa, Quepos — também o apelido (peripatético) provém de um local, i. é, da galeria de passeio (Peripatos), existente ao lado do Liceu. Aristóteles publicou muito na sua mocidade; mas, durante a sua atividade no Liceu, já não é tanto escritor, mas sobre tudo professor e organizador científico. Aí organiza unia comunidade para indagações científicas, em grande estilo. Os seus membros, sol) a sua direção, colecionaram e trabalharam materiais filosóficos, histórico- filosóficos, de ciências naturais, médicos, históricos, arquivísticos, políticos e filológicos. Só assim se explicam os imensos conhecimentos particularizados, que Aristóteles, nos seus escritos, pressupõe e utiliza. Apenas doze anos durou essa frutuosa atividade. Depois da morte de Alexandre (323) veio a dominar, em Atenas, o partido antimacedônico, e Aristóteles preferiu fugir, antes ‘de’ lhe ser intentado o processo de asebia, "não fossem os atenienses pecar, uma segunda vez, contra a Filosofia", como disse, aludindo a Sócrates. Já um ano depois, em 322, morria êle em Calcis, na Eubéia. Ainda possuímos o seu testamento. É um símbolo do homem e da sua Filosofia. Lançado na vida concreta e tomando conhecimento -das suas particularidades, contudo, longe de se perder, assim, a si mesmo, vive uma. vida inspirada numa nobre formação do espírito e do coração. De maneira comovedora dispõe o filósofo, isolado e no exílio, da sua casa; cuida de seus dois filhos, Pítias e Nicômaco, como também da mãe deste último; lembra- se, amigavelmente, dos seus escravos, alforriando a maior parte deles; os que lhe serviram pessoalmente poderiam continuar na casa, até chegarem à idade conveniente, devendo então ser libertados. Desfilam no documento as recordações da casa paterna, lembranças da mãe e do irmão, cedo desaparecidos, e da esposa morta, Pítias. Onde fôr êle sepultado, para aí deverão também ser levados os ossos dela, "conforme o desejo por ela própria manifestado". A última disposição prevê que Nicanor, seu irmão adotivo, que serviu como oficial no quartel general de Alexandre, cumpra o voto que Alexandre fêz por êle: depois do seu regresso feliz à pátria, deveria êle consagrar, em Estagira, estátuas de pedra, de quatro côvados de altura, a Zeus, o Salvador, e a Atena, a Salvadora. Escritos Dos escritas de Aristóteles muitos se perderam, e o que possuímos não se acha em boa ordem. Do ponto de vista da sua publicação, distinguimos escritos que Aristóteles formalmente publicou, chamados exotéricos ( εξωτερικοι λογοι ενδεδομενοι λογοι ); e outros que êle, formalmente, não publicou, Chamados acroamáticos, ou também esotéricos ou didáticos (pragmáticos). Os primeiros eram destinados a um largo público, obras literárias artísticas, na maior parte meros diálogos da sua juventude. Ainda, possuímos fragmentos deles. Os últimos oram, somente, uns esboços delineados, às pressas, para o fim do ensino em Assos ou particularmente no Liceu. Foram publicados, pela primeira vez, por Andrônico de Rodes, cerca de 60-50 a. C., depois de terem jazido enterrados durante muito tempo. Desde que Coram descobertos, a antigüidade se serviu deles e deixou de lado as obras da juventude. Donde resultou o perder-se de vista a evolução do pensamento de Aristóteles, pondo-se os escritos indiscriminadamente, como se tivessem todos seus escritos sob o mesmo ponto de vista. Só depois .do aparecimento do livro de Jaeger — "Aristotele Grundenung einer Geschichte seiner Entwicklung", e que veio, de novo, valorizar os fragmentos das primeiras obras, podemos apreciar a evolução do pensamento de Aristóteles e lhe compreender os escritos, inclusivamente as πραγματεια, em correlação com a sua seqüência cronológica. Assim considerando, distinguimos três períodos: a época da Academia; a época de transição e a da sua atividade do Liceu. a) Academia. — No seu primeiro período, o pensamento de Aristóteles é inteiramente platônico. No diálogo Eudemo, p.ex., ensina a pré-existência e a imortalidade da alma, com argumentos semelhantes aos do Fédon de Platão; ensina a contemplação das Idéias e a anamnesis e considera próprio õ essencial ao homem somente a existência incorpórea da alma. Corpo e alma são tidos, ainda, numa concepção totalmente dualista, como .substancias separadas. O Protreptikos é, a seguir, uma exortação a uma conduta de vida puramente filosófica, com o fito nas Idéias eternas, conforme ao lema da República platônica: "No céu há existente um modelo, que todos os de boa vontade devem contemplar e, por ele, dirigir o seu próprio ser". O Protreplico foi muito lido na antigüidade. Jâmblico dele se serviu, para compor o .seu próprio Protréptica Cícero, para o seu Hortensius, e, através deste, chegou a influenciar Sto. Agostinho. Outros escritos deste tempo são os diálogos: Sobre a Justiça, o Político, o Sofista, o Symposion, Sobre o Bem, Sobre as Idéias, Sobre a Oração. β) Época de transição — A época de transição espelha-se nos escritos de Assos, Lesbos e da corte macedônica. Importante é, então, o diálogo "Sobre a Filosofia"’. No segundo livro desta obra critica a doutrina das Idéias. No 8." livro, já Aristóteles expõe os princípios fundamentais da sua. concepção do mundo, e já deixa transparecer o conceito central da sua metafísica própria, o do motor imóvel (segundo W. Jaeger, contestado por H. v. Arnim). Mas ainda se move dentro das concepções da Filosofia platônica posterior, como se expressa no Epinomis. A este tempo pertencem as primeiras partes das obras didáticas, que W. Jaeger considera como constituindo a primeira metafísica, a ética primitiva, a política primitiva e a física primitiva. γ) O Liceu. — Ao período do Liceu pertencem os escritos didáticos, com exceção das partes do primeiro período criador de Aristóteles, conforme constam da sua atual versão. Como devemos classificá-las, é matéria muito controvertida. Aqui distinguimos: 1- Escritos lógicos: Κατηγοριαι (Catego riae, Praedicamenta); Περι ερμηνειαζ (De interpretatione); ‘Αναλυτιχα προτερα’ e ‘Αναλυτιχα υστερα’ (Analytica priora e posteriora); Τοπιχα (Tópica); Περι Σοφιστικον ελεγχωον (De sophisticis cienchis). Mais tarde, todas estas obras foram incluídas na denominação geral de "Organon"’, porque se considerava a lógica como o instrumento para .se proceder, retamente, na indagação científica.: 2 — Escritos metafísicos: (Physica- ausutatio), obra de Filosofia naral do ponto de vista metafísico, em 8 livros; (Metaphysica), ou a doutrina geral de Aristóteles sobre o ser como tal, suas propriedades e causas, em 14 livros, cujo título é puramente casual, e apenas significa que estes livros, na edição das obras didáticas de Andrônico, vinham depois dos livros da Física, mas, ao mesmo tempo, de a indicação metódico-real de que, na ordem do conhecimento, devem ler-se depois (uercí) das obras de física; e o seu objeto é o que, por natureza (πον φγσει) vem em 1º lugar, chama-se, por isso, "Filosofia primeira"’. 3 —
Escritos sobre ciências naturais: (De Coelo);Escritos sobre as ciências naturais: Generatione et corruptione); (Metereologica), espécie de geografia física; (Historia animalium), zoologia sistemática, em dez, livros; (De partibus
animatium); sobre as partes dos animais; De incessu animalium), sobre o andar dos animais; (Do motu animalimn), sobre o movimento dos animais; (De generatione animalium), sobre a geração dos animais; (De anima), sobre a alma, em 3 livros; além disso, uma série de escritos de pequenos tratados de ciências naturais (Parva naturatia), cujos títulos são: De sensu et sensbilibus; De memória et reminiscentia; De Somno et Vigília; De Insomniis; De Divinatione per Somnum; De Longitude et Brcevitate Vitae; De vita et Morte; De Respirarione. 4 - Escritos éticos e políticos: (Ethica Nicomachea), uma ética sistemática em 10 livros, publicada pelo filho de Aristóteles, Nicômaco, que lhe deu o nome; (Politheia), 8 livros sobre sociologia, Filosofia do Estado e Filosofia do direito, como as concebia Aristóteles; (Atheniesium res publica), a única constituição que chegou até nós, das 158 que Aristóteles colecionou. Foi descoberta em 1891. Fazem parte do Corpus Aristotelicum- a (Ethica Eudemia) e (Magna Moralia), sendo a primeira, provavelmente, a primitiva Ethica aristotélica e, a segunda, a post-aristotélica. 5 - Escritos filológicos: (Ars rhetorica), sobre a arte de falar; Περι Ροηετικηζ (Ars poetica), sobre a arte poética. Escritos espúrios: Catefforias 10-15 (Postpracdicamenta), são, de ordinário, consideradas como espúrias, poderiam, contudo, ser autênticas; o livro IV dos Meteorológicos, De mundo (influenciado pelo estoicismo, aparecido entre 50 e 100 P.O.)} o livro X e talvez também os livros VII, o VIII, cap. 21-30 Q o livro IX da História dos Animais; Sobre algumas notáveis percepções auditivas; Sobre as plantas; Sabre m Si-tuação e o Nome dos Ventos; Sobre os Som; Sobre a Respiração; Sobre a Moeidade e a Velhice; Sobre as cores; Sobre as linhas
insecáveis; Mecânica; Economia; Fisiognômica; Rethorica ad Alexandrum; Sobre Xenófanes, Zenão e Górgias. O livro A da Metaphysica e o H da Physica são escritos de alunos seus. Os Problemata são pós- aristotélicos, mas se inspiram em notas aristotélicas. Bibliografia. Edições gerais: Aristotelis Opera. Edidit Academia Regia Borus-sica. 5 Bde. Mit lateinisehen Überscteung, Scholien und des Grossen Index vom Bonitz (1831-1870) : O Index de Bonita apareceu cm 1955, em reprodução (Wissenschaftl. Buchges. Darmstad). Aristotle, Works with English Translation. De diversos editores em Loeb Classical Líbrary (London 1947 ss.). As mais importantes das obras de Aristóteles, publicadas em separado, existem agora na Bibliotheca Oxoniensiis, já que as antigas edições teubnerianas não são mais acessíveis. Os Fragmentos, segundo V. Rose und R. Walzer, e agora em W. D. Rosa, Fragmenta Seleota (Oxoni, 1955). Traduções: alemãs, a de Rolfes, em Meiners Phillos. Bibliothek; de Gohlke, em Scliüningli-, Paderhorn, (1948 ss.) ; a de O. Gigon, em Arthcmi$-Verlar/- Zürich (1950 ss.) a de E. Grumach e outros (Berlin und Darmstad 1950 ss.). Inglesas: Smith-Ross, 12 vol. (Oxford 1908-1952). — Comentários: os antigos Commentaria in Arirtotelicum Graeca, 23 Bde. (1882-1903). E mais o Supplementum Aristotelicum, 8 bde. (1882-1903). Dos modernos, são particularmente valiosos Kommentare sur metaphysik, de SCHWEGLER (Tübingen 1847-48) e Bonitz (Bonn 1848-49), e os grandes comentários, em inglês, de Grant, Ste-ward, Burnet, Joachim, à Ética; os de W. L. Newman, à Política; os de W. D. Ross, à Metafísica, Physica, à Analítica e Parva Natu ralia; os de Joachim, ao De penerationc et corruptione. Os dois primeiros volumes da tradução feita por Grumach (Ética a Nicômaco e Parva Naturalia) contêm, igualmente, um valioso e extenso comentário (Fr. Dielmeikr). Teorias concernentes à cronologia Desde o livro de Jaeger sobre a evolução de Aristóteles, acham-se as indagações num movimento violento e, muitas vezes, cheio de contradições. O pensamento fundamental de W. Jaeger é o seguinte: Aristóteles, na sua mocidade ainda platônico, evolui afastando-se cada vez mais do seu mestre, embora conserve certas idéias essenciais à Filosofia platônica. Filosòficamente falnndo, o supra- sensível do mundo das idéias, na concepção platônica, perde cada vez mais a importância no decurso do tempo, ao passo que sobe o interesse pelo nosso inundo, e sua indagação empírica. Neste mundo espácio- temporal é que Aristóteles acabou, finalmente, por se fixar. Em conseqüência, dentre as suas obras, são tidas como as primeiras aquelas onde predomina o pensamento de Platão. E são posteriores aquelas onde essa influência desaparece, a) Daí, são inteiramente platônicos os dialogas da mocidade, quando Aristóteles ainda pertencia, ã Academia, b) Mas, também na época de transição, embora já se manifestem novas idéias, Aristóteles ainda é tido como platônico. A este período pertence a chamada Física primitiva (Phys. A, B; De caelo; De generatione et corruptione); a Metafísica primitiva (Met. A, B, K 1-8, A, com exceção do cap, 8, M 9-10, N); a Ética primitiva (Et. Eud. A, B, T, H e a Política primitiva (Polit. B, Γ, Η, Θ). c) Todas as outras obras pertencem ao tempo do Liceu: Agora, a metafísica), já não é a teoria do mundo supra– sensível, luas a da substância singular, sensivelmente perceptível, como se vê na Metaf. Ζ Η,Θ . E a psicologia, a ética . e a política ocupam-se também com a realidade concreta e os seus dados positivos. — H. v. Arnim interpreta a evolução aristotélica de maneira totalmente diferente. Os livros Iv, A, N da Met. são os primitivos; os outros pertencem ao tempo do Liceu, mesmo os livros A e B, que atualmente estão ao lado dos livros Ζ Η, Θ ; enquanto para Jaeger, estes são obras posteriores. Em lugar da Ética Eudêmica, são as Magna Moralia a Ética primitiva, ao passo que aquela pertence à segunda estada era Atenas.
— "W. D. Ross interpreta na mesma linha de Jaeger: a) Tempo da Academia: Diálogos de inspiração platônica; b) Tempo de Assos, Lesbos, Messênia aquelas obras que chegaram até nós, e que ainda são platonizantes, e são, para Ross: A. Física, o De coele, De generatione et corruptione, De anima, livro III, Ética Eudêmica, as partes mais antigas da Metafísica e a Política, talvez ainda as partes mais antigas da História- dos Animais. As partes mais antigas da Metafísica seriam, então M A, K 1-8, A, N; As da Política os livros: Η e Θ. c) O tempo do Liceu leva, finalmente, à conclusão das obras começadas no período intermediário, e, antes de tudo, da Metafísica; em seguida, a Ética a Nicômaco, a Política e a Retórica, a coleção das Constituições Políticas, os Meteorológicos, assim como as obras psicológicas e biológicas. Ross descobre a linha geral, também, num movimento que, partindo de "um outro e além-mundo, acentua um interesse crescente pelos fatos concretos da natureza e da história; e na convicção de que a forma e o sentido do mundo não se separam da matéria, mas devem achar-se incorporados nela". Tinia evolução semelhante também a descobre Ross no próprio Platão, mas ao inverso: quanto mais êle se afasta de Sócrates, tanto mais se acentua a transcendência das idéias, i.é, a total separação do supra-sensível. Donde a volta, agora, em Aristóteles, do supra- sensível para o sensível. Exagera-se, então, a idéia do supra-sensível, isto é, a Metafísica não significa já uma "separação" total, mas uma separação completamente específica, realizada de determinado modo. Esta falsa idéia de metafísica encontra-se, porém, muito disseminada. E por aqui se vê como ela também ainda influencia, a formação histórico-literária do pensamento. A teoria de Gohlke se manifesta diversamente: a) O período platônico domina o pensamento de Aristóteles, desde o começo até aos quarenta anos. A partir de então, toma Aristóteles, rapidamente, um rumo que o leva a trilhar caminho inteiramente próprio, contudo, já previamente preparado, b) Na partida de Atenas paia Assos, Aristóteles se volta para a constituição das suas idéias ético-políticas; é de então o primeiro plano das Magna-Moralia; a seguir vêm os livros mais antigos da lógica e da metafísica, entre os quais as Categorias e os Tópicos 3-0. Mas, filosòficamente, encontra-se ainda no terreno da teoria, das idéias, c) Depois da volta para Atenas, manifesta-se, logo, na sua própria escola, a tendência para a substância das coisas concretas e singulares. Com o surgir da doutrina do ato e da potência, que se nota com a introdução de uma idéia nova, a δυναμιζ, fêz com que Aristóteles, partindo da idéia de potência, pudesse aceitar, de novo, a idéia do eidos. Mas a mudança mais radical está em que a ciência da substância como ser concreto veio a transformar-se numa teologia. Ao contrário do que afirma Jaeger, este Aristóteles empírico interessa-se agora, e de novo, pelo princípio do ser, tornando-se então um teólogo, e mesmo um teólogo monoteísta. (Met. À, e De Mundo, que Gohlke, apesar de toda a crítica filológica, tem como autêntico). Na cronologia da Metafísica, Gohlke distingue 4 fases: l) a primitiva Metafísica (A 1-9, B, V, A, Z, na concepção antiga, e I). 2) a média Metafísica (A 1-7 e 10, B-E, Z, na antiga concepção, e I, M ab, 10S6 a 21, N). 3) o chamado "esboço" (K, A). 4) A forma de uma incipiente e nova elaboração, reconhecível pelos acréscimos à média Metafísica, particularmente em Z, e assim como em trechos inteiramente novos (α, H, M até 1086 a 21). Para a Física, sua cronologia é: A, E, Z-©, na antiga concepção, sem o "motor imóvel", B-A e, finalmente, a nova concepção de © e a composição do todo. M. Wündt, em grande parte de acordo com Gohlke, Coloca igualmente no começo dos anos de magistério, no Liceu, a convicção de Aristóteles de que as coisas singulares concretas e sensíveis significam o ser, no sentido primitivo; | o que vemos no livro das Categorias, todo êle dos primeiros tempos. Nisso permanece, mas, de outro lado, nasce, em Aristóteles, a preocupação de saber se não deve admitir, também, uma forma de essência, a supra-sensível. Por isso, podemos circunscrever a Filosofia de Aristóteles entre dois pólos — o singular concreto e o universal; o que bem claramente se vê na questão do conceito de metafísica e da concepção da ουσια. A primeira questão corresponde o problema, da matéria, das αρχαι e do movimento, problema esse já posto pelos jônios.; à segunda, o problema do ser como tal, da forma e do ειδοζ universal, problemas estes que já foram formulados pela Filosofia itálica e platônica. A influência platônica, perceptível, talvez, na Física B e Met. F, E e À é muito mais recente, pois aí emerge, pela primeira vez, o duplo conceito de δυναμιζ ενεργεια que Aristóteles,, só mais tarde, descobriu, como o demonstra Gohlke. A influência jônica, perceptível talvez em Fís. A e Met. A1-2 ou A é mais recuada no tempo. Do contato dessas duas esferas de pensamento teriam nascido as aporias da Metafísica. Aristóteles procura resolvê-las pela dupla de conceitos δυναμιζ ενεργεια. Essa dualidade de conceitos é a sua primeira e mais própria realização, e é a esta luz que devemos interpretar a sua discussão com Platão. Livros que não contêm essa dualidade de conceitos são sempre lidos como os mais antigos. Que Met. E e A. sejam mais recentes, deduz-se do fato de que, aí, recorre-se à idéia do motor imóvel, o que levou Hans v. Arnim a afirmar que Aristóteles só posteriormente o descobriu. Êle poderia tê-lo entendido, de acordo com os jônios, como a causa primeira, e, de acordo com Platão, como o ser que só existe por si mesmo. Bem no começo se deve colocar Met. Z, que pressupõe a idéia, fundamental de que a substância é, propriamente, a substância primeira e, com ela é, ao mesmo tempo, encontrado o tão desejado objeto da metafísica. Uma substância singular, a saber, a divina, constitui a pedra de fecho da Metafísica. Ela se distingue das substâncias singulares comuns, como o incondicionado, do condicionado. O sentido de toda a Metafísica está nessa elevação da substância individual, sensível e condicionada, para a substância incondicionada do primeiro motor. Segundo J. Zuercher, tudo quanto de autêntico ainda se encontra, no Corpus Aristotelicum reproduz a Filosofia platônica. E isso constituiria, certamente, apenas cerca de 25% de todo o Corpus. Tudo o mais é acréscimo posterior de Teofrasto, que, durante trinta, anos, trabalhou com o inventário da obra do
seu mestre, e a teria alterado fundamentalmente.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A HISTÓRIA DA ARTE UNIVERSAL


A HISTÓRIA DA ARTE UNIVERSAL



A história da arte universal é uma disciplina que estuda a evolução das expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos, dos conceitos transmitidos através das obras de arte.

Costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitectura.

Se bem que as ideias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes. Embora muitos pensem na história da arte simplesmente como o estudo da sua evolução ocidental, o assunto inclui toda a arte, dos megalíticos da Europa Ocidental às pinturas da dinastia Tang, na China.



Fases da A história da arte universal

A chamada arte pré-histórica é o que podemos assemelhar com produção dita artística do homem ocidental dos dias de hoje feito pelos humanos pré-históricos, como gravuras rupestres, estatuetas, pinturas, desenhos.

A arte pré-histórica não está necessariamente ligada à ideia de "arte" que surgiu a partir do renascimento, pois estabelecer um paralelo entre a civilização ocidental e os humanos pré-históricos é uma tarefa muito extenuante, senão mesmo impossível.

A relação que o homem pré-histórico tinha com esses objetos é impossível definir. Pode-se, no entanto, formular hipóteses e efectuar um percurso para as apoiar cientificamente.

Ainda hoje, povos caçadores-recolectores produzem a dita "arte" e em algumas tribos de índios percebe-se a relação do homem contemporâneo com o conceito atual de obras de arte e também de comércio.

Arte na Pré-história e as diferenças com a Arte na atualidade

A arte neste período pode ser inferida a partir dos povos que vivem atualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborígenes, os índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separado das outras esferas da vida, da religião, economia, política, e essas esferas também não eram separadas entre si, formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, econômico e estético.

A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e palavra que a designa.

Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separada da economia (embora na grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinônimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres (os Médici, por exemplo) apenas para produzir arte, uma arte "pura". Aí é que surgiu a arte como a arte que conhecemos hoje.



A arte da Idade Média

A arte da Idade Média insere-se no período que, convencionalmente, se chama de Idade Média. A Igreja Católica assume neste período um papel de extrema importância filtrando todas as produções científicas e culturais, fazendo com que muitas obras artísticas tenham temática religiosa.



Arte contemporânea

É um período artístico que surgiu na segunda metade do século XX e se prolonga até aos dias de hoje. Após a Segunda Guerra Mundial, sobrepõe-se aos costumes a necessidade da produção em massa. Quando surge um movimento na arte, esse movimento revela-se na pintura, na literatura, na moda, no cinema, e em tantas outras artes tão diferentes. Sendo a arte transcendente, para um determinado movimento surgir é muito provável que surge antes na sociedade.

A arte começa a incorporar ao seu repertorio questionamentos bem diferentes das rupturas propostas pelas Arte Moderna e as Vanguardas Modernistas.

Este período evidencia-se fulminantemente na década de 60, com o aviso de uma viagem ao espaço. As formas dos objetos tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. Na década de 70 a arte contemporânea é um conceito a ter em conta. Surge, enfim a Op Art, baseada na «geometrização» da arte, Pop Art, (principais artistas: Andy Warhol e Roy Liechtenstein)baseada nos ícones da época, no mundo festivo dos setentas, uma arte comercial, que mais tarde se tornaria uma arte erudita.

Características da arte na pré-história e suas diferenças com a arte na actualidade

 As características da arte na pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que vivem actualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborígenes, os índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da política, e essas actividades também não eram separadas entre si. Todas essas esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, económico e estético. E todos participavam nessas coisas.



 A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a palavra que a designa.



 Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia (embora na Grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinónimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médici, por exemplo), apenas para que produzissem arte, uma arte realmente "pura". Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria daqueles que passaram a ser chamados de "artistas".





Arte da Antiguidade

A arte antiga refere-se à arte desenvolvida pelas civilizações antigas após a criação da escrita e que se estende até à queda do império romano do ocidente, em 476 d.C, aquando das invasões bárbaras. Períodos e civilizações







Arte celta e germânica

Arte celta

- Estilo característico dos povos de língua celta, na Europa (continente e, em especial, ilhas - Inglaterra, Irlanda) que se desenvolve já desde a pré-história, Idade do Bronze até à Idade Média. Ver também: Arte hibérnico-saxónica


Arte dos povos germânicos

- Estilo característico dos povos germânicos. Ver também: Pré-românico para a contextualização da arte dos germanos durante as migrações dos povos bárbaros na Idade Média.


Arte egeia


Arte cicládica

- Arquipelago das Cíclafsdfasedfdes, Idade do bronze (2500-1600 a.C.).

- Objectos em cerâmica (vasos, cálices, etc) de decoração geométrica (linhas, curvas, espirais).

- Pequenos ídolos em mármore de linhas sintéticas com nariz destacado em relevo.


Arte minóica

- Arte cretense (Ilha de Creta), Idade do bronze (2300-100 a.C.).

- Pintura mural decorativa de harmonia e movimento, cores vivas e vista frontal associada à arquitectura palaciana (de estrutura informal e prática).

- Peças de cerâmica, pouca escultura (pequenas figuras em argila e terracota, vasilhas).

- Temáticas do quotidiano, mundo animal (marítimo), religião (devotiva e ritual).



AUTORES E RESPECTIVAS OBRAS

Arquitetos

Moçambique, sobretudo no período colonial, produziu excelentes obras de arquitectura, acompanhando o que melhor se fazia no mundo. Entre esses arquitectos, destacam-se Amâncio de Alpoim Guedes, Guerizo do Carmo, Quirino da Fonseca, Miranda Guedes e outros.



Pintores

Malangata, tornou-se a partir dos anos 60, um nome de projecção internacional. É dos mais reconhecidos artistas moçambicanos e já experimentou várias áreas, como pintura, desenho, aguarela, gravura, cerâmica, tapeçaria, escultura, mural. Mas a pintura moçambicana não se fica por aqui. A título de exemplo, destaquemos Ângelo de Sousa, Bertina Lopes,João Aires, João de Paulo, Sérgio Guerra, Rui Calçada Bastos entre muitos outros.

Arquitetos

Moçambique, sobretudo no período colonial, produziu excelentes obras de arquitectura, acompanhando o que melhor se fazia no mundo. Entre esses arquitectos, destacam-se Amâncio de Alpoim Guedes, Guerizo do Carmo, Quirino da Fonseca, Miranda Guedes e outros.



Pintores

Malangata, tornou-se a partir dos anos 60, um nome de projecção internacional. É dos mais reconhecidos artistas moçambicanos e já experimentou várias áreas, como pintura, desenho, aguarela, gravura, cerâmica, tapeçaria, escultura, mural. Mas a pintura moçambicana não se fica por aqui. A título de exemplo, destaquemos Ângelo de Sousa, Bertina Lopes,João Aires, João de Paulo, Sérgio Guerra, Rui Calçada Bastos entre muitos outros.



Escritores

Mia Couto é hoje o nome mais sonante das literatura moçambicana. Entre outros nomes, lembremos Rodrigues Júnior, Guilherme de Melo, Luís Bernardo Honwana, Correia de Matos, Orlando Mendes, Ungulani Ba Ka Klosa e muitos outros.



Poetas

José Craveirinha e Rui Knopfli são incontestavelmente os mais conhecidos, mas não nos podemos esquecer de Alberto Lacerda, Reinaldo Ferreira.

Moçambique é reconhecido pelos seus artistas plásticos: escultores (principalmente da etnia Maconde) e pintores (inclusive em tecido, técnica batik). A música vocal moçambicana também impressiona os visitantes. Em 2005, a Unesco reconheceu a timbila chope como um instrumento do património da humanidade. A timbila é um instrumento de percussão utilizado pela etnia chope, da província de Gaza, sul de Moçambique.

A escultura dos macondes, no norte de Moçambique é uma das artes tradicionais maiconhecidas. São de origem ética bantu e habitam uma vasta região da África Oriental. O vale do Rio Rovuma, corta o planalto maconde que se estende do norte de Moçambique ao sul da Tanzânia. Os macondes são um povo de agricultores instalados numa região árida, os seus escultores trabalham a madeira desde tempos remotos. O ébano é o material mais utilizado.

Arte Contemporânea de Moҫambique

Até finais de Agosto a exposição da arte contemporânea em Moçambique, no museu nacional da arte 37 artistas, 27 nacionais. É terceira iniciativa do movimento da arte contemporânea, e a primeira grande exposição.









domingo, 12 de fevereiro de 2012

_____________________ electrotecnia e máquinas eléctricas Objectivos Transmitir as leis fundamentais dos fenómenos eléctricos e magnéticos. Analisar circuitos eléctricos e compreender o funcionamento dos componentes eléctricos utilizados nas instalações eléctricas. Compreender o funcionamento, realizar cálculos simples e utilizar as principais máquinas eléctricas estáticas e rotativas. Unidades temáticas Leis Gerais dos Circuitos Eléctricos Resistência, Circuito eléctrico, lei de Ohm, geradores, energia eléctrica; Leis de Kirchhoff, teorema da sobreposição, teorema de Norton e Thevenin. Condensadores. Corrente Alternada (CA) Onda sinusoidal, desfasamentos, circuitos resistivos, indutivos, capacitivos, RL, RC, e RLC, potência activa, reactiva, factor de potência. Corrente alternada trifásica, noção de sistema trifásico, ligações em estrela e em triângulo, potência e compensação do factor de potência. Magnetismo e Electromagnetismo Campo magnético, fluxo, campo magnético criado por correntes eléctricas, forças magnéticas, magnetização de matérias ferromagnéticas e indução electromagnética. Transformadores Transformadores monofásicos e trifásicos. Máquinas eléctricas rotativas Motor assíncrono trifásico com rotor bobinado e curto-circuito. Curvas características e processos de arranque. Alternadores Princípio de funcionamento e constituição dos alternadores. Curvas características e regulação da frequência e força electromotriz. Motores de corrente contínua. Princípio de funcionamento e tipos de ligação do induzido. Curvas características. Controlo da velocidade, arranque e sentido de rotação.